Câncer de pele: Conhecendo o melanoma

Por Dra. Beatriz Fernanda Vales Franchito Baldi 

Médica Dermatologista, Membro da SBD e SBCD CRM 121.398 RQE 33.837

Recentemente um notícia muito triste trouxe destaque a um dos temas mais importantes na dermatologia: não devemos subestimar o câncer de pele. Aos 67 anos, o cantor português Roberto Leal faleceu em decorrência de um melanoma metastático, após três anos de luta contra a doença.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 30% de todos os tumores malignos do Brasil correspondem ao câncer da pele, dentre eles os carcinomas e o melanoma.

“O melanoma não é o tipo mais comum de câncer da pele mas, sua alta capacidade causar metástases, ou seja, de se espalhar para outros órgãos, determina casos graves e alta mortalidade”, esclarece Dra Beatriz. 

Os fatores de risco para a doença são: pele clara, exposição exagerada ao sol, pintas que mudam de cor, forma e tamanho e outros casos da doença na família. O mais comum é o aparecimento do melanoma na pele: “Devemos dar atenção especial a unhas e couro cabeludo; mas esse tumor também pode surgir nas mucosas e nos olhos”, explica a dermatologista.

Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença.

Sobre o câncer de pele

O câncer da pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o tipo de câncer da pele mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A exposição solar excessiva é o principal fator de risco e o surgimento de pintas e manchas enegrecidas, ou que mudam de cor devem receber especial atenção. Pápulas ou nódulos avermelhados, perolados ou feridas que não cicatrizam podem ser indicativos de tumores de pele- explica a dermatologista.

Não existe medida fotoprotetora que, isoladamente, garanta uma fotoproteção adequada; por isso, a SBD recomenda a combinação do maior número possível de medidas como a estratégia mais correta, como uso de roupas, óculos e bonés. “A prevenção ainda é a medida mais adequada de nos protegermos de um melanoma”, enfatiza Dra Beatriz.